08.2 – O Toque da 6ª Trombeta! Capítulo 9
13 - E tocou o sexto anjo a sua trombeta, e ouvi uma voz que vinha das quatro pontas do altar de ouro, que estava diante de Deus,
14 - A qual dizia ao sexto anjo, que tinha a trombeta: Solta os quatro anjos, que estão presos junto ao grande rio Eufrates.
15 - E foram soltos os quatro anjos, que estavam preparados para a hora, e dia, e mês, e ano, a fim de matarem a terça parte dos homens.
16 - E o número dos exércitos dos cavaleiros era de duzentos milhões; e ouvi o número deles.
17 - E assim vi os cavalos nesta visão; e os que sobre eles cavalgavam tinham couraças de fogo, e de jacinto, e de enxofre; e as cabeças dos cavalos eram como cabeças de leões; e de suas bocas saía fogo e fumaça e enxofre.
18 - Por estes três foi morta a terça parte dos homens, isto é pelo fogo, pela fumaça, e pelo enxofre, que saíam das suas bocas.
19 - Porque o poder dos cavalos está na sua boca e nas suas caudas. Porquanto as suas caudas são semelhantes a serpentes, e têm cabeças, e com elas danificam.
20 - E os outros homens, que não foram mortos por estas pragas, não se arrependeram das obras de suas mãos, para não adorarem os demônios, e os ídolos de ouro, e de prata, e de bronze, e de pedra, e de madeira, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar.
21 - 21 E não se arrependeram dos seus homicídios, nem das suas feitiçarias, nem da sua fornicação, nem dos seus furtos.
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OS TURQUESTOES: QUANDO OS HOMENS FORAM MORTOS
O sexto anjo tocou a sua trombeta; e ouvi uma voz que vinha das quatro pontas do altar de ouro que estava diante de Deus, a qual dizia ao sexto anjo, que tinha a trombeta: Solta os quatro anjos que estão presos junto ao grande rio Eufrates. E foram soltos os quatro anjos que haviam sido preparados para aquela bora, e dia, e mês e ano, a fim de matarem a terça parte dos homens. Apocalipse 9:13-15
Nossa viagem virou o milênio. Como temos notado, as paisagens que contemplamos estão tingidas de vermelho. Até o presente momento, a espada dominou as ações dos homens. Não será diferente nos próximos séculos, principalmente porque o povo mais feroz que a humanidade já conheceu acabara de surgir. Eles tinham um exército de quatro vezes 50 mil soldados. E o que é interessante: ele usará uma nova arma de guerra, que lança fogo, fumaça e enxofre. Ninguém poderá resistir.
O Império Romano Oriental vai perecer diante desta arma letal, a bombarda.
Os guerreiros mais temidos durante a primeira me- tade do segundo milênio da Era Cristà foram os turco- manos. O espírito cruel que possuíam e a violência de suas batalhas são notáveis no descrever da História. Eles causaram os maiores tormentos à Europa. São os responsáveis pelo segundo "ai" do Apocalipse, depois que foram soltos os quatro anjos do Eufrates, que estavam preparados para aquela hora, e dia, e mês e ano. Pode ser feita uma definição geral dessa profecia [...]
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[...] baseada nas interpretações de seus simbolismos. Ao transformar suas simbologias em interpretações literais é possível entender que está em pauta uma sexta batalha Império Romano. Dessa vez, quatro comandantes lideram o balístico e lutam por um tempo determinado até destruir a terça parte de seus habitantes. Essa profecia coloca em cena as invasões otomanas Oriental. Os turcos atravessaram o Eufrates no início que por vários séculos assolaram o Império Romano do século XI, apoderaram-se do mundo maometano e passaram a atormentar os cristãos. Dentro do islamismo havia os califas, tidos como sucessores de Maomé, os turcos otomanos dividiam-se em sultanatos. Os quatro anjos são os quatro principais sultanatos situados na região banhada pelo rio Eufrates, que formavam o Império Turco. São eles: Aleppo, Icônio, Damasco e Bagdá.
Há um detalhe importante na interpretação dessa profecia: é o tempo de atuação desses quatro anjos. Aqui aplica-se novamente a linguagem bíblica de um dia por um ano." Os anjos estavam preparados para aquela hora, que é igual a 15 dias literais, e dia, que é igual a um ano literal, e mês, que é igual a 30 anos, e ano, que igual a 360 anos.
O cálculo é baseado no calendário judaico, que possui o ano de 360 dias; todavia, a aplicação é feita no calendário romano de 365 dias Então é necessário um acréscimo de cinco dias, o que resultaria em 396 anos e 15 dias. Esse foi o tempo determinado pela profecia, dado aos turcos para matarem com [...]
77. Números 14:34; Ezequiel 4:6.
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[...] violentas batalhas a terça parte dos homens do Antigo Império Romano.
De acordo com a História, a data em que os turcos atravessaram o Eufrates foi o ano de 1057. Com esse ponto de partida mais 396 anos, chega-se a 1453. O que ocorreu? Neste ano, com a ajuda de poderosos canhões, os turcos otomanos tomaram Constantinopla dos romanos. Essa foi a última conquista deles.
0 EXÉRCITO OTOMANO
O número dos exércitos dos cavaleiros era de duas miríades de miríades; pois ouvi o número deles. E assim vi os cavalos nesta visão: os que sobre eles estavam montados tinham couraças de fogo, e de jacinto, e de enxofre; e as cabeças dos cavalos eram como cabeças de leões; e de suas cabeças saíam fogo, fumaça e enxofre. Por estas três pragas foi morta a terça parte dos homens, isto é, pelo fogo, pela fumaça e pelo enxofre, que saíam de suas bocas. Apocalipse 9:16,17
Essa é a descrição que a profecia faz sobre o exército otomano. Ela retrata a quantidade de soldados: 200 mil homens. A forma como eram equipados: com couraças e armas de fogo. E a quantidade de homens mortos por esse agrupamento bélico: a terça parte dos homens. Os fatos mostram que sob a liderança de Maomé II os turcos tomaram Constantinopla em 1453 e deram o golpe final sobre o que restava do Império do Oriente. Maomé II, no comando de um exército de 200 mil soldados e poderosa artilharia, atacou Constantinopla, defendida por nove mil homens apenas. Após 50 dias de [...]
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[...] resistência desesperada, a cidade foi tomada de assalto. Nas casas, nos templos, enfureceu-se a luta. O último rei, Constantino XII, pereceu no combate. Maomé II entrou na Basílica de Santa Sofia e proclamou: Alá é grande, e Maomé é o seu profeta. A cidade foi vandalicamente saqueada. Trucidaram-se milhares de cristãos, e cerca de 400 mil foram reduzidos à escravidão."
No texto acima, se fala em 200 mil soldados. Na narrativa profética, algumas traduções falam de 200 milhões.
Segundo o entendimento de alguns estudiosos, 200 milhões talvez seja o número de todos os soldados turcos em todo o período de dominação otomana. Todavia, o mais provável é que realmente sejam 200 mil. Relatos históricos indicam que 200 mil soldados era a característica dos otomanos ao se organizarem para a guerra. Séculos antes da conquista de Constantinopla, quando eles começaram suas incursões aos povos muçulmanos, os exércitos otomanos, sob o comando de "Mamude, começaram por assaltar as fronteiras à frente de 200 mil homens".
Mais tarde, quando Mamude fez aliança com Seldjuque, ele ouviu a seguinte resposta: se mandares ao nosso acampamento um destes dardos, 50 mil homens montaram a cavalo para te servirem. Se não forem suficientes, manda outro à horda de Balique, e terás mais 50 mil. Porém, se quiseres mais, manda-me o meu arco; ele girará pelas tribos e acudiram 200 mil cavaleiros às tuas [...]
78. SILVA, op. cit., p. 203,204. 79. CANTU, op. cit., v. 13, p. 34.
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[...] ordens." Guerrear com 200 mil homens em seus exércitos era uma característica dos otomanos. Bermilá e Togrul, 1055, quando invadiram Bagdá, estavam à frente de 200 mil turcos. Também Amurat, quando cercou Constantinopla, em 1422, lá estavam com ele 200 mil soldados atraídos ao mesmo tempo pelo desejo de se apoderarem da cidade dos césares." Portanto, não há motivos para se questionar esse detalhe.
Quanto às características dos exércitos otomanos, elas são um tanto semelhantes às dos exércitos muçulmanos, pois eram também povos do Oriente, como os Árabes. A semelhança das cabeças dos cavalos com as cabeças dos leões é fácil entender. Os guerreiros turcomanos trajavam enormes turbantes, que, ao se curvarem sobre as crinas de seus cavalos para disparar suas armas de fogo, a impressão que se podia ter era a de que os cavalos tinham cabeças semelhantes às cabeças dos leões.
A profecia diz que os que estavam nos cavalos traja- vam couraças de fogo, enxofre e jacinto. O jacinto é uma pe- dra avermelhada, e o enxofre é uma espécie de pólvora. Os turcos foram os primeiros a usar armas de fogo em guerras. Armas de fogo usam pólvora e projéteis. Car- regadas a tiracolo junto com os cinturões de munição no peito dos soldados, permitiu o profeta descrever os trajes militares dos exércitos otomanos como compostos de fogo, jacinto e enxofre. Nas batalhas, quando os soldados disparavam as armas de cima dos cavalos, a [...]
80. Ibid., p. 40. 81. Ibid., v. 16, p. 429.
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[...] impressão era de que fogo, fumaça e enxofre saíam de suas bocas. Essas três pragas destruíram o Império Bizantino, a terça parte dos homens do Antigo Império Romano.
OS CANHÕES DE MAOME II E A QUEDA DE CONSTANTINOPLA
Porque o poder dos cavalos estava nas suas bocas e nas suas caudas. Porquanto as suas caudas eram semelhantes a serpentes, e tinham cabeças, e com elas causavam dano. Apocalipse 9:19 Essa parte da profecia refere-se ao poder destrutivo do exército otomano. Esse poder estava nas bocas e nas caudas dos cavalos. As caudas tinham cabeças que causavam dano.
Além das armas de fogo, os otomanos estavam diante de Constantinopla com a arma do século: o canhão. Os muros da cidade eram capazes de resistir aos mais duros ataques e só caíram com o emprego desse novo engenho de destruição. Pode-se dizer que seus muros foram os responsáveis pela longa duração do Império Romano do Oriente, criado por Teodósio em 395. Diz ARRUDA que a cidade só caiu em 1453 porque suas grossas muralhas foram destruídas pelos poderosos canhões de Maomé II, construídos por engenheiros saxões.
Eram esses canhões puxados pelos cavalos que davam a aparência de que eles tinham caudas semelhantes a serpentes, e cujas cabeças causavam dano. Essas cabeças eram os projéteis dos canhões, que, disparados contra os [...]
82. ARRUDA, op. cit., p. 295.
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[...] inimigos, provocavam grandes destruições. Para se ter uma ideia do poder destrutivo deles, numa batalha naval, antes da queda de Constantinopla, Maomé II pôs a pique o navio inimigo apenas com um único disparo. Esses canhões arrastados pelos cavalos e as armas de fogo disparadas de cima deles produziam o aspecto descrito pela profecia de que o poder dos cavalos estava nas suas bocas e nas suas caudas.
A parte oriental do Antigo Império Romano caiu nas mãos cruéis dos turcos como efeito do uso dessas armas. Os seus habitantes pagaram o preço de suas idolatrias, mas "os outros homens, que não foram mortos por estas pragas, não se arrependeram das obras das suas mãos, para deixarem de adorar aos demônios, e aos ídolos de ouro, de prata, de bronze, de pedra e de madeira, que não podem ver, nem ouvir, nem andar. Também não se arrependeram dos seus homi- cidios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos seus furtos." (Ap. 9:20,21). Aí está a razão desses flagelos: a idolatria dos romanos, que agora recebia o juízo da mão divina.
Esse foi o cumprimento da sexta trombeta, o segundo "ai" sobre os romanos. Nesse tempo, os homens viviam sob a pressão militar. Como se sabe, os romanos sofreram muitas calamidades no Ocidente após 1078, data da tomada de Jerusalém pelos turcos. ALMEIDA diz que os peregrinos europeus, que milagrosamente conseguiram voltar à sua pátria, narravam com lágrimas as terríveis desgraças dos cristãos orientais, sujeitos a terríveis perseguições por parte de um [...]
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[...] povo selvagem e cruel. Toda a Europa católica chorou as calamidades da Terra Santa, e em todas as Igrejas, os prelados, os bispos e demais autoridades eclesiásticas não cessavam de recriminar os turcos e de amaldiçoá-los por sua selvageria.
As invasões maometanas e otomanas ao Império Romano Oriental cumpriram a quinta e sexta trombetas. Dois "ais" que causaram muitos sofrimentos e mortes aos romanos. Basta abrir um livro de História para certificar-se da notoriedade desses fatos. Foram, sem dúvida, juízos apocalípticos sobre aquelas gerações que não adoravam o verdadeiro Deus, mas antes se curvaram aos ídolos. O grande Império Romano finalmente tombou.
Mas, mesmo com a queda da parte oriental do Antigo Império Romano diante de todas essas calamidades, os outros homens, os romanos ocidentais, não mudaram, e a idolatria permaneceu. Então, sobre eles vieram os juízos revelados pela sétima trombeta, o terceiro e último "ai" sobre o mundo.
Continuemos na primeira metade do segundo milênio da Era Cristã para entendermos o que essa profecia vai nos revelar.
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