08.1 – O Toque da 5ª Trombeta! Capítulo 9
1 - E o quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caiu na terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo.
2 - E abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço, como a fumaça de uma grande fornalha, e com a fumaça do poço escureceu-se o sol e o ar.
3 - E da fumaça vieram gafanhotos sobre a terra; e foi-lhes dado poder, como o poder que têm os escorpiões da terra.
4 - E foi-lhes dito que não fizessem dano à erva da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma, mas somente aos homens que não têm nas suas testas o selo de Deus.
5 - E foi-lhes permitido, não que os matassem, mas que por cinco meses os atormentassem; e o seu tormento era semelhante ao tormento do escorpião, quando fere o homem.
6 - E naqueles dias os homens buscarão a morte, e não a acharão; e desejarão morrer, e a morte fugirá deles.
7 - E o parecer dos gafanhotos era semelhante ao de cavalos aparelhados para a guerra; e sobre as suas cabeças havia umas como coroas semelhantes ao ouro; e os seus rostos eram como rostos de homens.
8 - E tinham cabelos como cabelos de mulheres, e os seus dentes eram como de leões.
9 - E tinham couraças como couraças de ferro; e o ruído das suas asas era como o ruído de carros, quando muitos cavalos correm ao combate.
10 - E tinham caudas semelhantes às dos escorpiões, e aguilhões nas suas caudas; e o seu poder era para danificar os homens por cinco meses.
11 - E tinham sobre si rei, o anjo do abismo; em hebreu era o seu nome Abadom, e em grego Apoliom.
12 - Passado é já um ai; eis que depois disso vêm ainda dois ais.
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O FIM DO IMPÉRIO ROMANO ORIENTAL
A QUINTA E A SEXTA TROMBETA - OS DOIS PRIMEIROS ”AIS” SOBRE O MUNDO
E olhei, e ouvi uma águia que, voando pelo meio do céu, dizia com grande voz: AI, ai, ai, dos que habitam sobre a terra, por causa dos outros toques de trombeta dos três anjos que ainda vão tocar. Apocalipse 8:13
O Império Romano acabou no Ocidente, mas continuou no Oriente até o século XV, sob a cidadania romana e a cultura grega. O Império Oriental, ou Bizantino, como também era conhecido, ostentava o orgulho e o poder dos romanos, cuja capital era protegida por fortes muralhas.
Estamos no primeiro milênio da Era Cristã. Até o presente momento, observamos o Cordeiro abrindo os setes selos do livro. Eles guardavam a revelação da história. Os seis primeiros simbolizam a decadência do Império Romano. O sétimo selo, que engloba uma cadeia de profecias, as sete trombetas, representa a queda do Império. As quatro primeiras trombetas representam a queda da parte Ocidental. As duas próximas trombetas mostrarão a queda da parte Oriental. A quinta e sexta trombetas são as invasões muçulmanas e turcomanas no Império Oriental.
O ISLÃ: QUANDO OS HOMENS FORAM ATORMENTADOS
O quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caíra sobre a terra... Apocalipse 9:1a
Final do século VI, nasce um homem que mudará a história. Ele fundou uma religião, criou um novo conceito sobre DEUS, arregimentou um exército, proclamou uma “guerra santa”. Mesmo depois de morto, milhões de fiéis seguiram suas ordens. E ai daqueles que não lhe obedecessem.
Essa profecia retrata a invasão dos exércitos muçulmanos no Império Bizantino e a algumas partes do mundo Ocidental. O objetivo dessas invasões foi disseminar o islamismo como uma alternativa religiosa aos romanos. Maomé, fundador do islã, foi representado pela estrela que do céu caiu sobre a terra.
Os símbolos estrela e anjo representam uma pessoa que tem muita influência, principalmente através do poder da palavra. O toque de trombeta significa guerra. Isso permite uma definição concreta: uma quinta batalha contra o Império Romano comandada por uma pessoa influente.
(49) Apocalipse 3:7
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O Anjo e a Estrela dessa trombeta figuram Maomé e sua mensagem. Essa estrela que do céu caíra sobre a terra é o fundador do islamismo. Maomé era, e sempre é, representado por uma chama. É notável a sua influência religiosa sobre a humanidade através da religião que fundou.. Segundo Joseph Rhymer, a religião islâmica se tornou o maior empecilho a contínua expansão do cristianismo. Ela veio do deserto arábico, onde Maomé nasceu, em Meca, por volta de 570 d.C. O Islã consiste num rigoroso monoteísmo que ensina que Alá é o único DEUS do universo, o qual deve ser adorado com exclusividade.
Maomé convocou uma “guerra santa” contra o mundo romano com o objetivo de converter os homens a Alá. Sob influência do Islã, os muçulmanos trouxeram o primeiro “AI” do Apocalipse sobre a Europa, no sentido de que suas conquistas transformaram as nações romanizadas em territórios exclusivamente islâmicos.
A DIFUSÃO DO ISLÃ
...e foi lhe dada a chave do poço do abismo. E abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço, como a fumaça de uma grande fornalha; e com a fumaça do poço escureceram-se o sol e o ar... Apocalipse 9:1b
Essa parte da profecia retrata a difusão do Islã. Maomé fundou uma nova religião, que disseminou uma mensagem pelo mundo romano.
(50) RHYMER. Joseph. Os Povos da Bíblia.p.99
A estrela recebeu uma chave, com ela abriu o poço do abismo e dela saiu uma grande fumaça que escureceu o sol e o ar.
O brilho do sol simboliza no mundo real: cultura, conhecimento, sabedoria, santidade, justiça. O ar nos da idéia de universalidade. A fumaça representa doutrina, mensagem, adoração. A chave do abismo representa o poder para formular a doutrina religiosa. Simbolicamente, quem possui uma chave tem poder para abrir e fechar uma religião, JESUS tinha a chave de Davi, Ele inaugurou uma religião.
Semelhantemente, Maomé tinha uma chave, porém do poço do abismo. Ele também abriu uma região, o Islã. A idolatria reinava no mundo romano, e Maomé se aproveitou disso para divulgar sua doutrina. A doutrina islâmica se espalhou contra a idolatria romana, por todo o Império Bizantino como fumaça cobrindo o ar. O pouco que restava da cultura grega foi substituído por um sistema mais rudimentar de vida, a muçulmana.
Essa nova doutrina, o islam, é uma mistura de superstições árabes com idéias cristãs e judaicas. Alá, que enviou a terra vários profetas, como Abraão, Moisés, Jesus, os [...]
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[...] quais revelaram parte da verdade religiosa; depois enviou,Maomé, o último e o maior. Os fiéis devem crer na imortalidade da alma, no juízo final.
(51) Daniel 12:3; Mateus 13:43; 5:14; Atos 13:47; João 1:9; II Coríntios 4:6; Mateus 3:11; Lucas 12:49; Salmos 39:3. (52) Apocalipse 3:7.
Alá tem a sorte dos homens escrita no livro do destino (fatalismo). Os que morrem por sua causa e os bons irão para um paraíso de sete céus, cheio de prazeres materiais.
O paraíso que Maomé descrevia era um verdadeiro jardim de delícias: lá não faltavam alimentos saborosos, água gelada, divãs adornados de pedrarias, belas mulheres - as huris - e, principalmente, a visão de DEUS, que provocaria um êxtase sensual. Essa visão do paraíso deixava com água na boca os árabes do deserto. Eles não demoraram em segui-lo. Maomé morreu em Medina, onde fez construir a Mesquita de Kuba, a primeira do Islão. Segundo a tradição religiosa, Maomé subiu aos céus a partir da torre da Mesquita, no ano de 632 da Era Cristã. Quando ele morreu, a Arábia estava convertida. Para seguir as ordens do profeta, os califas procuravam expandir o Islão. Seu sucessor, Abu-Bekr, dominou algumas tribos árabes revoltadas e, em seguida, o avanço em direção a Síria e a Pérsia. Entre 634 e 644, o grande Omar transformou o Estado nacional árabe num Império Teocrático mundial. Para governá-lo, estabeleceu um regime militar: o comandante das tropas de ocupação tornava-se o governador civil, o chefe religioso, o juiz Omar realizou a conquista da Síria, Palestina, Pérsia e do Egito.
(53) SILVA. op.cit.p.162 (54) ARRUDA. op.cit.307 (55) Ibid.p.307 (56) Ibid.p.309,310
OS EXÉRCITOS MUÇULMANOS INVADEM O IMPÉRIO ROMANO
Da fumaça saíram gafanhotos sobre a terra; e foi lhes dado poder, como o que têm os escorpiões da terra. Apocalipse 9:3
As pregações e as promessas de Maomé, reuniram um poderoso exército, cujo vigor com que batalhavam e cujas vitórias frente aos romanos colocaram os árabes do deserto em evidência na história. Essa parte das profecias fala de seus exércitos e do poder que possuíam nas batalhas, os gafanhotos com poder de escorpiões.
Os gafanhotos simbolizam exércitos, povos guerreiros, cavalos de guerra. Um exemplo bíblico que permite entender o sentido simbólico dos gafanhotos é a invasão das terras de Israel pelos midianitas no tempo dos juízes. Seus “exércitos” vinham em multidão, como gafanhotos. Ainda, mais um exemplo está no livro do profeta Joel, quando fala de algumas invasões às terras de Israel por poderosas nações. Jó fala sobre a ação dos [...]
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cavalos na guerra e os identifica com os gafanhotos: ”Acaso dessa força ao cavalo, ou revestistes de força o pescoço? Fizeste o pular como o gafanhoto?”
(57) Juízes 6:1-3-5; Jeremias 51:14-27; Joel 1:4-6.
Os gafanhotos fornecem um ambiente tipicamente arábico. Os árabes na bíblia são chamados povos do Oriente (Jz.6:1-5). O comentário sobre a praga de gafanhotos no Egito do CONCISO Dicionário Bíblico da Imprensa Bíblica Brasileira confirma a origem árabe de gafanhotos: ”A descrição da oitava praga do Egito (Ex:10) apresenta uma narração autêntica de severa invasão de gafanhotos. O vento Oriental os trouxe do outro lado do istmo de Suez, e o vento do Ocidente tornou a lança-los no Mar Vermelho, onde pereceram”.
O NOVO Dicionário da Bíblia diz: A Arábia preeminente é uma terra de gafanhotos. Há numerosas espécies de gafanhotos. Os rabinos dizem que existem 800 variedades. São migratórios, mas suas migrações não tem lugar nem estações fixas do ano, nem intervalos de tempo. Seus enxames são levados ao redor pelo vento, visto que tem pouco poder de guiar seu próprio vôo. Usualmente invadem a Palestina a partir do deserto da Arábia, do sul e do sudeste.
Os gafanhotos vem do Oriente, como mostra a bíblia na praga sobre o Egito:
”Então estendeu Moisés sua vara sobre a terra do Egito, e o Senhor trouxe sobre a terra um vento Oriental todo aquele dia e toda aquela noite; e quando amanheceu, o vento Oriental trouxe os gafanhotos”. (EX:10:13)
(58) Jó 39:19-20a (59) CONCISO Dicionário Bíblico.18.ed.p.115 (60) O NOVO Dicionário da Bíblia.v.2.p.645
Importante observar que ventos significam distúrbios políticos, revoluções e guerras. No sentido literal, os ventos orientais são guerras que vem do Oriente. Os muçulmanos originários da Arábia vieram como gafanhotos trazidos por guerras orientais sobre o mundo dos romanos e varreram como enxurrada as terras a igreja dominou por mais de 300 anos.
Quanto ao poder dos gafanhotos, a descrição dada pela profecia mostra que existe semelhança perfeita com o exército muçulmano. Ela diz que aos gafanhotos foi dado poder, como o que têm os escorpiões da terra. Esses gafanhotos possuíam uma natureza diferente da dos gafanhotos reais. Não possuíam o poder de destruir o verde, mas o poder de escorpiões. Causavam um grande tormento, semelhante ao tormento de um escorpião quando fere o homem. Não agiam como gafanhotos, mas como escorpiões. Os árabes são do deserto, como os escorpiões preferem viver em lugares desertos e áridos da terra. Os exércitos muçulmanos, procedentes do Oriente, foram representados por gafanhotos com o poder de escorpiões. Eles atormentaram os romanos com suas "guerras santas”.
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(61)Jeremias 4:11-13; Habacuque 1:8-11 (62) Amós 7:1-2a; Êxodo 10:12-15; Deuteronômio 28:38-42 (63) Deuteronômio 8:15
A PRESERVAÇÃO DAS FLORESTAS E O CASTIGO PELA IDOLATRIA
Foi lhes dito que não fizessem dano à erva da terra, nem nenhuma coisa verde, nem à nenhuma árvore, mas só aos homens que não tem o selo de DEUS em suas testas. Apocalipse 9:4
Os godos, primeira trombeta, em suas conquistas devastavam os campos e destruíram as árvores e todo o verde. Para os povos árabes, que viviam em regiões áridas da terra, o verde das florestas era uma dádiva e quando invadiram o Império Romano, tomaram precaução de não destruí-lo. Eram gafanhotos que tinham o poder dos escorpiões, não lhes interessava destruir o verde.
Aos exércitos muçulmanos foram dadas ordens para que não fizesse dano ao verde e as florestas, nem aos homens que adoravam o verdadeiro DEUS, e sim que ferissem apenas aqueles que não tinham em suas testas o selo de DEUS. Deveriam atormentar as pessoas que praticavam a idolatria, contrária a doutrina islâmica.
Segundo Sir William Muir, depois da morte de Maomé, quando as tribos árabes se espalharam para a propagação do islamismo através da Guerra Santa, o califa Abu-Bekr, sucessor de Maomé, instruiu os chefes de seu exército para que as vitórias fossem obtidas sem destruir as palmeiras e queimar os campos de milho, sem cortar as árvores frutíferas e fazer dano ao gado. Disse mais Abu-bekr: ”Perdoai as mulheres, os velhos, as crianças, as palmeiras, as searas, as frutas e os animais”. Em respeito, os muçulmanos, diferentes dos Godos, pouparam as árvores, a erva e toda a vegetação, porque Maomé assim havia mandado; porquanto, para os que viviam nas solidões dos desertos da Arábia, as árvores eram consideradas as maiores bênçãos do céu.
(64) MUIR. Sir William.The caliphate, its rise,decline and fall. p.65 citado por Santos, Jesiel Lincoln dos.
UM SÉCULO E MEIO DE TORMENTO
Foi lhes permitido, não que os matassem, mas que por cinco meses os atormentassem. E o seu tormento era semelhante ao tormento do escorpião, quando fere o homem. Apocalipse 9:5
Não matar os homens, apenas feri-los. Os muçulmanos não queriam que os homens morressem, mas que aceitassem a doutrina de Maomé. Por isso, não destruíram as nações [...]
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[...] que invadiam, apenas atormentavam os povos até aceitarem o islamismo. Essa atitude dos muçulmanos durou 150 anos, o que concorda com as informações dadas pela profecia - cinco meses -. Durante esse tempo, os gafanhotos não mataram os homens, apenas feriram como se fossem escorpiões.
Cinco meses é a temporada normal dos gafanhotos, maio a setembro. Esses gafanhotos receberam o mesmo período para atormentar os homens. Porém, o detalhe que esse período é profético. Aplica-se aqui um importante princípio de interpretação profética, aceito por todos os escatologistas: o príncipio do dia - ano. Segundo esse princípio, um dia em profecia corresponde a um ano, literal.
(65) CANTU. op. cir.v.10.p.26 (66) HALLEY. op. cit. p.631
Referências Bíblicas autorizam essa interpretação. O mês bíblico tem 30 dias, assim cinco meses são 150 dias. Ao tornar o princípio de um dia profético para cada um ano literal, tem-se 150 anos. Foi justamente esse tempo concedido aos árabes muçulmanos para atormentar o Império Bizantino e causar dano aos homens que não tinham na fronte o selo de DEUS; homens que não haviam aceitado a doutrina de um só DEUS.
Os cinco meses proféticos são contados a partir do ano 636 d.C, quando os árabes chegaram à Terra Santa. Paul Johnson diz que a primeira derrota dos bizantinos para os muçulmanos ocorreu na Palestina, na histórica batalha de Yarmuk. E o período que os muçulmanos atormentaram o mundo romano terminou em 786 d.C. Por 150 anos, os muçulmanos se esforçaram por conquistar o mundo, todavia, no reinado de Haroun al -Rashid (786-809), no apogeu da glória sarracena, deixaram de ameaçar o resto do mundo, e começaram a cultivar relações pacíficas com as nações não conquistadas.
Se for somado 150 anos a 636, chega-se a 786 d.C. É o comprimento exato da profecia, quando foi inaugurada uma nova era pelo califa Haroun al-Rashid. Conhecido como amante da paz, ele preferiu viver de mãos dadas com os povos da época.
(67) Números 14:34; Ezequiel 4:6; Daniel 1:13 (68) JOHNSON, Paul.História dos judeus 3.ed.p.68 (69) HALLEY .op.cit.p.631
Conta-se que o próprio califa teria presenteado o Imperador Carlos Magno com as chaves simbólicas do Santo Sepulcro em testemunho de sua boa vontade para com os cristãos.
Foi na Palestina que os árabes começaram a perturbar o Império Romano, e foi com algo ligado a ela que procuraram provar que estavam em paz. Durante 150 anos os muçulmanos tentaram de todas as formas impor o Islão. Para cumprir tal objetivo, não pouparam esforços, atormentaram e hostilizaram os povos, principalmente, apenas os [...]
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[...] obrigavam a aceitarem a doutrina islâmica à base de uma Guerra Santa. O Relato bíblico descreve a terrível situação que o povo bizantino passou em função das cruéis torturas causadas pelas guerras muçulmanas: “Naqueles dias, os homens buscarão a morte, e de modo algum a acharão; e desejarão, e a morte fugirá deles”. (Ap.9:6). De fato, o império bizantino não caiu por causa das incursões muçulmanas, somente sentiu a dor dessas invasões belicistas. Sua queda foi acontecer séculos mais tarde
OS EXÉRCITOS MUÇULMANOS
A aparência dos gafanhotos era semelhante à de cavalos aparelhados para a guerra; e sobre suas cabeças havia como que umas coroas semelhantes ao ouro; e os seus rostos eram como rostos de homem. Tinham cabelos como cabelos de mulheres, e os seus dentes eram como os de leões. tinham couraças como couraças de ferro; e o ruído de suas asas era como o ruído de muitos carros de cavalos que correm ao combate. Tinham caudas com ferrões, semelhantes às dos escorpiões; e nas suas caudas estava seu poder para fazer dano aos homens por cinco meses. Apocalipse 9:7-9.
(70) ENCICLOPÉDIA Novo Conhecer, v.7.p.1729.
Os exércitos muçulmanos eram compostos por ferozes guerreiros e não precisavam de comandantes, eram dedicados de alma aos combates, se aparelharam em bandos para os ataques, saiam e voltavam as batalhas, usavam poucas armas de defesa e ataque, tinham em suas cabeças turbantes, enfrentavam seus inimigos vestidos com uma couraça de ferro e tinha em suas mãos espadas, arcos e flechas. Eram os gafanhotos com rostos de homens, cabelos de mulheres, e dentes de leões.
HALLEY, nos estudos que fez sobre esta profecia, trouxe uma preciosa definição sobre o exército muçulmanos. Segundo suas pesquisas, os muçulmanos formavam um exército implacável de ferozes cavaleiros, famosos pelas barbas e longos cabelos, como de mulheres, turbantes amarelos que pareciam de ouro e férrea cota de malha.
Quanto ao detalhe que os seus dentes eram como os de leões, pode ser entendido através de algumas passagens bíblicas que a ferocidade dos leões é um atributo de povos guerreiro. Os muçulmanos eram estes guerreiros. Apesar de não ser um exército na definição convencional, aparência deles era semelhante a de cavalos aparelhados para a guerra, e seus dentes eram como os de leões.
633. (72) I Crônicas 12:8; Jeremias 2:30; Jeremias 4;7; Joel 1:6
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Esses gafanhotos, os guerreiros muçulmanos, tinham caudas com ferrões, semelhantes às dos escorpiões, e nelas estava o poder de causar dano aos homens. Essas caudas e esses arguilhões são as espadas usadas por eles nas batalhas. A descrição dada pelo profeta mostra o principal instrumento bélico que os árabes usavam nos combates -- a cimitarra. Essa é uma espada de lâmina curva e larga que, ao ser carregada a tiracolo, ou manejada na batalha, os tornava parecidos com os escorpiões.
Césare CANTU diz que os muçulmanos eram sempre guerreiros seminus, que combatiam a pé com arcos e flechas, ou a cavalo, com lança e cimitarra; manejavam suas armas com mais habilidades do que arte e mostravam valor particular nos combates de corpo a corpo: exercitados finalmente na pilhagem, nas incursões em bandos destacados, sem máquinas de guerra, quer para a defesa de campo ou para a ataque de muralhas, montavam cavalos muitíssimos ligeiros e dóceis, com os quais davam carga, fugiam e voltavam, sem se cansar. Os seus exércitos não apresentavam tampouco uma linha compacta de guerreiros, porém de vários corpos distintos e cavalaria ou arqueiros que sucediam. Renovavam assim o combate muitas vezes no mesmo dia, de sorte que no momento que o inimigo já contava vitória, achava-se assaltado novamente acaba por ceder, exausto de forças.
(73) CANTO. op.cit.v.10.p.388,389
MAOMÉ, O REI DOS MUÇULMANOS
Tinham sobre si como rei o anjo do abismo, cujo o nome em hebraico é Abadom, e em grego, Apoliom. Apocalipse 9:11
Os exércitos muçulmanos eram influenciados pelo Alcorão, onde consta a doutrina de Maomé. Não precisavam de generais na batalha, pois conforme mostra esta profecia, tinha sobre si como rei o anjo do abismo, o destruidor.
A bíblia diz “Os gafanhotos não tem rei, porém todos saem e em bando se repartem.” Se gafanhotos não têm rei, como estes do apocalipse tinham? Estes tinha um rei, Maomé, que mesmo morto e no abismo (Seol, sepultura) era considerado o profeta da religião, e líder dos muçulmanos. Foi depois de sua morte que os árabes deram início às suas grandes conquistas, influenciadas por palavras no Alcorão. As tribos se espalharam para difusão do islão sob “ordem” do profeta. O nome do anjo do abismo é Abadom, em hebraico, Apoliom, no grego; tanto no hebraico como no grego o sentido é o mesmo: destruidor.
Sob as ordens de maomé, os exércitos muçulmanos saíram em bandos para destruírem os povos. Nas primeiras conquistas que se deram no Oriente, Os árabes tomaram o império Bizantino, a Palestina, a Síria e a Arménia; ocuparam depois o império Persa e submeteram o Egito e o norte da África. Mais tarde, um chefe berbere, Taric, a frente de um exército, atravessou um estreito então chamado colunas de Hércules, e [...]
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desembarcaram junto a montanha que tomou seu nome. Poucos anos, depois estavam senhores de quase toda a península Ibérica Cristã.
(74) Provérbios 30:27
Maomé, o líder espiritual dos muçulmanos, foi o anjo do abismo da quinta trombeta. Os muçulmanos castigaram o império romano oriental com as guerras santas e trouxeram o primeiro “AI” do apocalipse sobre os romanos. Nesse tempo, os homens romanos viviam em função de proteger-se dos ataques muçulmanos. A morte passou perto deles, mas não morreram. o império Bizantino ainda continuou a existir por mais algum tempo. No entanto, assolações ainda maiores iriam trazer seu fim.
FALTAVAM AINDA DOIS “AIS” SOBRE OS HOMENS
Passado é já um AI; eis que depois disso vêm ainda dois AIS. Apocalipse 9:12.
Os juízes de Deus sobre os Romanos não terminaram com a invasão dos muçulmanos. Os próximos “AIS” revelam o peso da mão divina. O perigo da parte dos árabes havia passado, porém horrores bem maiores haveriam de se abater sobre o povo que mudou as leis de DEUS e corrompeu a Terra com suas tremenda idolatria, que adoravam a objetos de suas próprias mãos, que não podem ouvir, e nem falar, e nem ver. Esses dois “AIS” são as duas últimas trombetas do apocalipse. A sexta trombeta é o segundo “AI” e representa a invasão do turcomanos na europa bizantina.
(75) SILVA. op.cit.p.162.
O primeiro “AI” cumpriu-se com os muçulmanos, e o segundo com os turcomanos. A ação dos turquestão revela uma época de dores e sofrimento em toda a europa. Desgraças ainda bem maiores atingiram tanto os cristãos orientais como os peregrinos que se dirigiam à terra santa. É que os povos mais terríveis que a idade média conheceu surgiram no oriente, assolavam campos e cidades, assaltavam e assassinavam peregrinos indefesos. eram os turcos, originários do Turquestão, na ásia. Se intitulavam da fé Maometana.
Depois de contemplarmos as batalhas dos muçulmanos entendermos que os homens bizantinos sofreram por mais ou menos dois séculos, mas não morreram, nossa viagem vai saltar no tempo. Vamos para a virada do ano mil. Na entrada do século XI, os homens romanos enfrentaram novamente o medo e o terror. Dessa vez, as muralhas de Constantinopla ruíram.
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