040 – Judaísmo – Yom Kippur
ROMANOS 2:17-29
17. Mas se tu és chamado judeu, e repousas na lei, e te glorias em Deus;
18. e conheces a sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído na lei;
19. e confias que és guia dos cegos, luz dos que estão em trevas,
20. instruidor dos néscios, mestre de crianças, que tens na lei a forma da ciência e da verdade;
21. tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar,
furtas?
22. Tu, que dizes que não se deve cometer adultério, adulteras? Tu, que abominas os ídolos, roubas os
templos?
23. Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei?
24. Assim pois, por vossa causa, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios, como está escrito.
25. Porque a circuncisão é, na verdade, proveitosa, se guardares a lei; mas se tu és transgressor da lei,
a tua circuncisão tem-se tornado em incircuncisão.
26. Se, pois, a incircuncisão guardar os preceitos da lei, porventura a incircuncisão não será reputada
como circuncisão?
27. E a incircuncisão que por natureza o é, se cumpre a lei, julgará a ti, que com a letra e a circuncisão
és transgressor da lei.
28. Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne.
29. Mas é judeu aquele que o é interiormente, e circuncisão é a do coração, no espírito, e não na letra;
cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.
Este discipulado tem se proposto em ser um discipulado em que ensina a palavra de Deus escrita, e interpretada de acordo com a hermenêutica, de acordo com a vontade de Deus. Nós temos ouvintes e também irmãos, que voluntariamente (tocados em seus corações) sentem o desejo de contribuir para a obra, sem nenhum tipo de imposição, ou de lei, ou de maldição.
Nós estamos debaixo da graça de Cristo, e hoje nós contribuímos com o coração voluntário e alegre, sem imposição; sem uma lei ou maldição sobre a pessoa, porque, a maldição foi cravada na cruz. Hoje nós estamos debaixo da graça, do Senhor Jesus Cristo, e nós obedecemos à Deus por amor. Nós fazemos a vontade de Deus e contribuímos com amor, e não com constrangimento, não porque alguém vai nos chamar de ladrão (no púlpito). Mas sim, nós contribuímos porque nós amamos a Deus e a verdade. E neste contexto, nós damos muito mais além do que dez por cento, nós damos a nossa vida, o nosso amor, o nosso carinho à Deus.
Porque foi Ele quem nos resgatou do pecado, da transgressão da sua Lei, e nos fez co-herdeiros com Cristo, e herdeiros segundo a promessa feita à Abraão. Abraão era um gentio, quando foi justificado diante de Deus. Ele, em espírito (no seu coração) era um verdadeiro judeu. Mesmo porque, o judaísmo nem existia ainda, quando Abraão foi chamado de Ur dos Caldeus.
Abraão foi chamado do meio da sua parentela, para que saísse do meio dela, foi chamado por Deus. E Abraão era gentio, ele não era israelita e nem judeu, mas ainda estava nos seus lombos, o seu neto Jacó. E, portanto, Abraão foi justificado, Deus foi Deus de Abraão, sendo ele ainda gentio. Portanto Deus, é também Deus dos gentios.
O apóstolo Paulo diz, em sua palavra, que Deus também, é Deus dos gentios. Isso ele deixa bem claro "É ele Deus somente dos judeus? Não é ele também dos gentios? Sim, também dos gentios;" (Romanos 3:29).
Então Deus, é Deus dos gentios também. E Abraão foi justificado ainda na sua incircuncisão. Ele foi recebido justificado, diz a palavra de Deus, na sua incircuncisão. Mas espiritualmente, no seu coração, Abraão era circuncidado pela fé. Então, nós temos aí um verdadeiro judeu (espiritual): Abraão, um judeu espiritual. No livro de Gálatas diz:
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GÁLATAS 3:26-29
26. Pois todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.
27. Porque todos quantos fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo.
28. Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós
sois um em Cristo Jesus.
29. E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa.
Então, a partir do momento em que nós cremos no Evangelho, e aceitamos o Filho de Deus como sendo o Messias, que veio cumprir tudo o que d’Ele estava escrito, veio cumprir o verdadeiro dia do Yom Kippur. Porque Jesus Cristo (o nosso Sumo Sacerdote) cumpriu para nós, de uma vez por todas, o Dia do Perdão, oferecendo o seu próprio sangue imaculado, diante de Deus, assentou-se à destra de Deus, e definitivamente, por um só sacrifício, por um só dia, fez toda a expiação dos nossos pecados.
Os nossos pecados foram lançados nas profundezas dos mares, e deles não há mais motivos, para se fazer memória. Então, nós não temos mais, como fazem os judeus, que ainda têm um véu sobre os seus olhos (não podem ver a verdade) de ano em ano comemorar, e fazer memórias de pecados no dia da festa do Yom Kippur, como se esperando ainda a purificação de seus pecados, através do Messias. Por que será, hoje o judaísmo, comemora o dia do Perdão? Porque eles não creem, que o Filho de Deus (o Messias) veio, e por isso eles continuam fazendo uma vez ao ano, a festa do Yom Kippur (o Dia do Perdão) para ali, lançar à memória dos pecados, dos quais eles creem que têm de serem perdoados. Mas aquele, que está em Cristo Jesus, já sabe (lendo a epístola de Hebreus 9) que os seus pecados foram definitivamente perdoados na cruz, por meio de Jesus Cristo.
E que, por meio do batismo, que é a circuncisão espiritual, que nos torna judeus espirituais (e não na carne). Esta circuncisão espiritual nos faz também herdeiros de Abraão, porque Abraão foi justificado sendo ainda gentio. Então, nós não temos mais necessidade de comemorarmos (como fazem os judeus normalmente no mês de setembro) o dia de Yom Kippur. E infelizmente, nós vemos aí pessoas que decaíram da graça e da fé — tropeçaram na rocha de escândalo (que é Jesus Cristo: a pedra de tropeço para aqueles que tropeçam na palavra). E agora, decaíram da graça, e estão por aí fazendo memória de pecados, uma vez ao ano, comemorando o dia do Yom Kippur.
Negando com isso, o sangue precioso de Jesus Cristo, caídos da graça. Mas nós não fazemos como Moisés, que punha um véu sobre o seu rosto, sobre aquela glória que era transitória. Mas, quando nós cremos em Cristo Jesus, este véu é retirado (tanto dos judeus, como do verdadeiro cristão, que se converte à Cristo), este véu é retirado.
Mas este véu não é retirado, ele é posto sobre àqueles que estão com seus corações endurecidos, e não entenderam o propósito das festas levíticas (que apontavam para o Messias). Então, nós não temos mais que degolar hoje, carneiros, bodes, nem confessar nossos pecados uma vez ao ano. Porque os nossos pecados já estão perdoados, através do batismo.
Em Atos 22:16, quando o varão Ananias, conclamou o apóstolo Saulo (que depois se chamou Paulo, em grego, que significa pequeno), ele disse: “Agora por que te demoras? Levanta-te, batiza-te e lava os teus pecados, invocando o seu nome.” Então, quando nós somos batizados em Cristo, quando nós invocamos o nome de Jesus Cristo em nosso batismo, nós somos perdoados. O Yom Kippur (o dia do Perdão) é concretizado na vida do crente, por meio do batismo. Não há mais necessidade de uma vez ao ano, de ficar fazendo memória de pecados no dia do Yom Kippur, porque este dia apontava justamente o sacrifício que Jesus Cristo queria fazer. Então nós lemos aqui, em Hebreus 9, que diz assim:
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HEBREUS 9:8-10
8. dando o Espírito Santo a entender com isso, que o caminho do santuário não está descoberto,
enquanto subsiste a primeira tenda,
9. que é uma parábola para o tempo presente, conforme a qual se oferecem tanto dons como sacrifícios
que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que presta o culto;
10. sendo somente, no tocante a comidas, e bebidas, e várias abluções, umas ordenanças da carne,
impostas até um tempo de reforma.
Então, foi posto até o tempo da correção (da reforma).
HEBREUS 9:11-25
11. Mas Cristo, tendo vindo como sumo sacerdote dos bens já realizados, por meio do maior e mais
perfeito tabernáculo {não feito por mãos, isto é, não desta criação},
12. e não pelo sangue de bodes e novilhos, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez por todas no
santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção.
13. Porque, se a aspersão do sangue de bodes e de touros, e das cinzas duma novilha santifica os
contaminados, quanto à purificação da carne,
14. quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus,
purificará das obras mortas a vossa consciência, para servirdes ao Deus vivo?
15. E por isso é mediador de um novo pacto, para que, intervindo a morte para remissão das
transgressões cometidas debaixo do primeiro pacto, os chamados recebam a promessa da herança
eterna.
16. Pois onde há testamento, necessário é que intervenha a morte do testador.
17. Porque um testamento não tem torça senão pela morte, visto que nunca tem valor enquanto o
testador vive.
18. Pelo que nem o primeiro pacto foi consagrado sem sangue;
19. porque, havendo Moisés anunciado a todo o povo todos os mandamentos segundo a lei, tomou o
sangue dos novilhos e dos bodes, com água, lã purpúrea e hissopo e aspergiu tanto o próprio livro como
todo o povo,
20. dizendo: este é o sangue do pacto que Deus ordenou para vós.
21. Semelhantemente aspergiu com sangue também o tabernáculo e todos os vasos do serviço sagrado.
22. E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não
há remissão.
23. Era necessário, portanto, que as figuras das coisas que estão no céu fossem purificadas com tais
sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes.
24. Pois Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, mas no próprio céu,
para agora comparecer por nós perante a face de Deus;
25. nem também para se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote de ano em ano entra no santo
lugar com sangue alheio;
Então, assim como era oferecido uma vez ao ano, muitas vezes no Yom Kippur, Jesus não precisou oferecer-se muitas vezes. Como Sumo sacerdote, ele entrou no santo dos santos. Aqui diz "Pois então necessário seria ele ter sofrido com frequência desde a fundação do mundo; mas agora, no fim do mundo, uma vez, se manifestou para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo." Então Jesus, uma única vez se ofereceu, realizando o Yom Kippur verdadeiro (o dia do Perdão verdadeiro). E aquele que está em Cristo Jesus, que crê no poder que tem o sangue do Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (que é o sangue de Jesus Cristo).
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Não precisa mais agora, ficar ano após ano relembrando e fazendo memórias de pecados no dia de Yom Kippur, como fazem os judeus, que não creem que o Messias veio, eles ainda estão com os seus olhos escurecidos, com as suas costas encurvadas, e por isso não podem enxergar. Por isso, fazem a comemoração. Mas, infelizmente aí, temos àquelas pessoas que travestiram de judeus (são gentios, mas que travestiram de judeus, querendo se passar por judeus e não o são), estão mentindo quando dizem que são judeus, não são judeus na carne.
Judeu verdadeiro, segundo a Bíblia hoje, é o que é no coração (é o judeu espiritual) como nós lemos no início da nossa pregação, é aquele que é circuncidado no coração, e este é o novo pacto. Deus vai colocar as suas Leis nas tábuas do nosso coração. Então, nós não temos mais que ter a aparência diante dos homens, para nos chamarem de judeus, e acharem que somos judeus, não é mais necessário isto. Porque Deus que perscruta e sonda os corações, conhece todo o nosso levantar, o nosso assentar, o nosso caminhar, Ele sabe quem é verdadeiramente judeu (no espírito, no coração) e não na letra, e não no louvor dos homens, mas no louvor de Deus. Porque nós não persuadimos a homens, nós não persuadimos pela aparência.
Nós persuadimos à Deus, o apóstolo Paulo fala que “nós devemos falar de Deus na presença de Deus, com sinceridade.” Então, judeu verdadeiro hoje, é aquela pessoa sincera, que ama à Deus. Eu não preciso ficar usando modas e costumes do judaísmo, para eu tentar passar às pessoas, uma falsa santidade, de que sou israelita, de que sou judeu, para tentar convencer as pessoas de que eu sou mais santo, isto é na verdade, um rudimento fraco, desprovido de alicerce Bíblico, isto é uma coisa humana, isto é honra humana. E nós não devemos buscar glória e nem honra humana. Nós devemos buscar a glória que vem dos céus, a glória que vem de Deus. E Deus, que conhece todos os corações, justificou Abraão (o nosso pai na fé) sendo ele ainda gentio. Então Deus, o Eterno Criador YHWH (o seu nome) ele é Deus dos gentios que se convertem a Cristo.
Então, quem prega que Deus só é Deus de Israel, só é Deus do judaísmo, está totalmente equivocado. Porque quando não existia nenhum judeu sobre a face da terra, um israelita sobre a face da terra, pois Abraão ainda era gentio, Deus o justificou sendo ele ainda gentio (isto está escrito). O apóstolo Paulo deixa bem claro no livro de Romanos que Abraão era gentio, quando foi justificado. Querendo Deus mostrar com isso, que ele justificaria também (salvaria) os gentios, como cumpriu através de Jesus Cristo na cruz do calvário, que de ambos os povos, tanto judeus como gentios, fez um único povo (a igreja).
A igreja hoje, é composta de gentios. Paulo fala em Romanos:
ROMANOS 16:4
4. os quais pela minha vida expuseram as suas cabeças; o que não só eu lhes agradeço, mas também
todas as IGREJAS DOS GENTIOS.
Ele fala em Romanos:
ROMANOS 3:29
29. É porventura Deus somente dos judeus? Não é também dos gentios? Também dos gentios,
certamente,
Então, esse tipo de preconceito: “Ah, eu sou judeu! Eu sou de Israel, o nosso povo! As nossas leis, as nossas tradições!” Isto é um rudimento fraquíssimo, é justificação pela letra (a letra está morta). Nós hoje, somos justificados pelo espírito do Deus vivo. Nós somos hoje, a carta escrita pelo próprio dedo de Deus, então nós não temos que nos utilizar destes rudimentos fracos, que foram colocados até a reforma ( como nós lemos em Hebreus 9 ).
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Portanto, àqueles que querem se justificar pela Lei, pela letra, estão caídos da graça, estão apartados de Cristo. Não faça isso irmãos! Venham para a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, e seja como Abraão, que foi justificado sendo ainda gentio. Porque Deus olhou para o interior do coração de Abraão, Deus não olhou para a aparência, porque Deus não olha para o homem, segundo a sua aparência.
Deus olha para o homem, segundo o seu coração. Então hoje, judeu verdadeiro é aquele que pratica a justiça, a verdade, e está em Cristo, como diz aqui, em Romanos: ROMANOS 2:28 28. Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne.
Então, não sou judeu porque eu uso quipá, eu não serei judeu porque eu uso uma talit, eu não serei judeu porque eu fico falando em hebraico e fazendo rezas (virando o meu rosto para o oriente). Não é isto que me faz ser judeu, não é o que é o exteriormente, mas é o que é no interior. Então, eu não preciso usar quipá, talit, vestimentas sacerdotais. Eu não preciso fazer rezas, segundo o modelo judaico, para ser um judeu espiritualmente. Eu tenho de ser obediente ao Evangelho de Cristo, fundamentado na doutrina dos apóstolos e dos profetas, sendo Jesus a pedra principal da esquina. E nós, devemos voltar, buscar as raízes, voltar ao primeiro amor. As raízes da igreja primitiva, não eram costumes judaicos. As raízes da igreja primitiva era o amor entre os discípulos, era o amor que existia verdadeiramente naqueles servos de Deus, no princípio do Evangelho, no princípio da igreja, onde Jesus falou: “Sereis conhecidos como meus discípulos, se vos amardes uns aos outros como eu vos amei” .
Era este amor, este é realmente a raiz da igreja: quando nós realmente temos arrependimento, quando nós temos humildade, quando nós despojarmos de todo o nosso orgulho, de toda a soberba, de toda aparência. E formos humildes em nossos corações, e amarmos entranhavelmente o nosso irmão, e não ficarmos difamando, maldizendo nossos irmãos. E nem de preconceito contra as pessoas, quando nós realmente formos ao pó, entendermos que somos pó e cinzas, e exaltarmos à Deus, e amarmos uns aos outros como Cristo nos amou, dando o exemplo de humildade, singeleza. Esta é realmente, a raiz da igreja, isto é voltar as raízes da igreja, isto é praticar as primeiras obras, é praticar o primeiro amor, e é isto que o Senhor Jesus Cristo ensina na sua palavra (em Apocalipse):
APOCALIPSE 2:5
5. Lembra-te, pois, donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; e se não, brevemente virei
a ti, e removerei do seu lugar o teu candeeiro, se não te arrependeres.
É isso que é voltar as raízes da igreja, é isso que é voltar aos princípios da igreja primitiva. Quando os irmãos amavam entranhavelmente, pregavam a palavra de Deus, partiam o pão com singeleza no seu coração, despojados de todo orgulho, de toda soberba. E eram pessoas que realmente almejavam a salvação, e guardavam os mandamentos de Deus; guardavam o Evangelho, perseveravam na doutrina dos apóstolos e faziam a vontade de Deus: isto é voltar às raízes.
Se você deseja voltar às raízes da igreja de Deus, as raízes do princípio daquela mesma igreja, que foi fundada e estabelecida por Jesus Cristo, cujos apóstolos são fundamento desta igreja, você deve voltar ao primeiro amor, e abandonar estes rudimentos frágeis. Porque no livro de Hebreus diz, que se o antigo concerto está prestes a acabar, então nós estamos hoje debaixo de um novo concerto:
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HEBREUS 7:12
12. Pois, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei.
Sim, houve uma mudança de sacerdócio. De um sacerdócio imperfeito (que era o sacerdócio levítico) no qual precisava ser sustentada através do dízimo (comida) e que eram levadas por todos aqueles israelitas, das onze tribos de Israel, do pacto de Levi. Eram estas leis que regiam, o culto centralizado deveria subir ano após ano em Jerusalém. As festas só poderiam ser válidas, caso fossem comemoradas em Jerusalém. Mas Jesus Cristo disse àquela mulher de Samaria:
JOÃO 4:19-23
19. Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.
20. Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar.
21. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me, a hora vem, em que nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis
o Pai.
22. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos; porque a salvação vem dos
judeus.
23. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em
verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
Então, hoje na dispensação da graça, a igreja não está mais restringida ao culto centralizado em Jerusalém. Este culto centralizado em Jerusalém, vigorou até a morte do testador (Jesus Cristo), quando ali, através de seu sangue, cumpriu-se a sombra das coisas que apontavam a ele as festas anuais ( O Dia do Yom Kippur, a Páscoa ).
Então, Jesus é o verdadeiro Cordeiro que tira o pecado do mundo. Ele é a nossa Páscoa, que foi oferecida por nós. Então, hoje a igreja de Cristo, não comemora àquela Páscoa dos judeus, ela comemora a nova Páscoa (Jesus Cristo crucificado). Nós então, tomamos e comemos do pão ázimo (o pão sem fermento) porque para representar o corpo de Cristo, o pão deve ser sem fermento. Porque, ao representarmos Cristo com pão fermentado, nós estamos representando que o corpo de Cristo teria sido pecaminoso. Por isso, a santa ceia bíblia, deve ser feita com pão sem fermento, mas com pão santificado (que é o pão ázimo) e vinho puro.
Ali então, no dia 14 de Nisã, uma vez por ano, na mesma noite que Jesus Cristo fez ali a ceia com os discípulos. Primeiro ele fez a ceia Pascal (judaica) porque era necessário, ele nasceu debaixo da Lei, enquanto ele vivesse o antigo pacto, o antigo testamento estava em vigor, não podia ser mudado nem um “tio” nem um ”i”, não poderia ser cumprido após a sua morte. Então, é instituído a nova Páscoa, que é a Santa Ceia, que a igreja de Cristo comemora uma vez ao ano, na mesma noite que Jesus fez (com pães ázimos: sem fermento, e vinho puro) ali fazemos também o lava-pés, como exemplo de humildade, que Jesus Cristo nos deixou.
E uma vez ao ano, fazemos anunciando o reino de Deus, que há de vir, comemorando a verdadeira salvação, o verdadeiro Yom Kippur, cumprindo por nós, o perdão dos nossos pecados, por meio do sacrifício substitutivo, vicário de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Então leitor, nós não podemos deixar nos ludibriar com argumentos legalistas (da letra) que muitas vezes vem com aparência de culto aos anjos: não toques, não manuseies, faça isso, faça aquilo, reze três vezes, beije três vezes. Este tipo de coisa, que são rudimentos da carne, justificação da carne e quem em nada aperfeiçoa.
Mas pelo sangue de nosso Senhor Jesus Cristo, o sangue puro e imaculado, que foi derramado por nós. Hoje somos justificados, lavados no sangue precioso de Jesus Cristo. E nossos pecados foram sepultados, deles não mais haverá lembranças, são lançados no fundo do mar, como diz Hebreus:
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HEBREUS 10:16-18
16. Este é o pacto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seus
corações, e as escreverei em seu entendimento; acrescenta:
17. E não me lembrarei mais de seus pecados e de suas iniquidades.
18. Ora, onde há remissão destes, não há mais oferta pelo pecado.
As festas levíticas (festa do Yom Kippur, Páscoa, e muitas outras) que eram feitos sacrifícios, tinham por objetivo fazer memória de pecados, e no novo concerto diz que Deus não fará mais memória dos nossos pecados. Ele não precisa mais de oblação pelo pecado, não precisa de mais rezas, intercessões, estes tipos de coisas feitas no judaísmo. Porque através de Jesus Cristo, uma vez só, definitivamente, nossos pecados foram perdoados. E nós devemos recorrer à um advogado (o Senhor Jesus Cristo), ele é o nosso Sumo sacerdote, o nosso advogado. Se pecarmos e confessarmos as nossas culpas, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados - em qualquer tempo, em qualquer hora, que você sente que está em transgressão, e que precisa do perdão. E se com sinceridade, arrependerdes do teu pecado, e buscardes o advogado (Jesus Cristo, o justo) ele é fiel e justo para nos perdoar os nossos pecados.
Então, nós não precisamos mais fazer memória uma vez por ano, de pecados, como fazem os judeus, aqueles que seguem o judaísmo (que ainda não aceitam à Cristo). Estes estão fazendo o que a sua religião lhes ordena, estão seguindo aquilo que por tradição pela sua palavra, eles entendem que é assim. Mas nós cristãos, que realmente conhecemos Cristo, a doutrina apostólica, estamos em lugares celestiais (em Cristo Jesus) sendo justificado por ele. Nós agora, estamos no melhor concerto. O livro de Hebreus 8:12, diz assim:
HEBREUS 8:12
12. Porque serei misericordioso para com suas iniquidades, e de seus pecados não me lembrarei mais.
Então, por que fazer memória de pecados uma vez ao ano, se Deus não vai mais lembrar? 13. Dizendo: Novo pacto, ele tornou antiquado o primeiro. E o que se torna antiquado e envelhece, perto está de desaparecer.
Então, o antigo pacto, feito sob as festas levíticas, com dízimo (com as tribos de Israel) àquelas leis cerimoniais, que não tinham cunho moral, mas de justificação da carne, no qual apontavam o Messias. Estas leis, cerimônias cumpriram o seu propósito, serviram de condutor, até Cristo. Vindo o verdadeiro, vindo aquilo que apontava, aquilo que a imagem não se faz mais necessário.
Porque se eu voltar agora, a sacrificar animais, se eu voltar a comemorar festas em Jerusalém, se eu começar a fazer memória de pecados no dia do Yom Kippur. Enfim, voltar a fazer as festas que apontavam Jesus Cristo, eu estarei negando, desqualificando o que Jesus Cristo fez por mim na cruz do calvário.
Por isso é que Paulo falou “apartado de Cristo estais vós que quereis se justificar através da lei, através de preceitos morais.” Porque na Bíblia, existem lei e leis, existem as Leis de cunho moral, muitas delas vieram antes de Moisés. Aliás todas as Leis de cunho moral e de cunho de santificação, vieram antes de Moisés. Abraão ouviu os estatutos, ordenanças e mandamentos de Deus, isto está escrito em Gênesis:
GÊNESIS 26:5
5. porquanto Abraão obedeceu à minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus
estatutos e as minhas leis.
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Então, Abraão não era judeu, mas era gentio. Ele era de Ur dos Caldeus, sua família era gentílica, e Deus o chamou para sair do meio de sua parentela, para ser separado, depois que Deus instituiu um pacto da circuncisão.
Mas Abraão como gentio, falava com Deus. Deus o visitava, querendo Ele mostrar com isso, que também justificaria os gentios. Então, nós encontramos que Abraão foi justificado, sendo ele ainda incircunciso. O apóstolo Paulo deixa isso bem claro, em Romanos:
ROMANOS 4:9,10 9. Vem, pois, esta bem-aventurança sobre a circuncisão somente, ou também sobre a incircuncisão? Porque dizemos: A Abraão foi imputada a fé como justiça. 10. Como, pois, lhe foi imputada? Estando na circuncisão, ou na incircuncisão? Não na circuncisão, mas sim na incircuncisão.
Quer dizer, Abraão foi lhe imputado como justiça (ele foi justificado) estando na incircuncisão, ou seja, ele era gentio e lhe foi imputado a justiça, como diz Paulo no verso 11: 11. E recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé que teve quando ainda não era circuncidado, para que fosse pai de todos os que creem, estando eles na incircuncisão, a fim de que a justiça lhes seja imputada, 12. bem como fosse pai dos circuncisos, dos que não somente são da circuncisão, mas também andam nas pisadas daquela fé que teve nosso pai Abraão, antes de ser circuncidado. Então Deus, foi, é e será Deus dos gentios, porque Abraão ainda na sua incircuncisão, sendo gentio, foi lhe imputado a justiça de Deus. Porque ele seguia e obedecia às ordens de Deus. Assim igualmente, Deus querendo mostrar que nós hoje, gentios que não viemos de Israel (na carne) que não somos circuncidados na carne, nós podemos sim ser justificados sendo gentios. Desde que nós, obedeçamos à Deus e façamos a sua vontade.
E quando Abraão recebeu as ordens, os mandados de Deus, não existia um judeu sequer sobre a face da terra. Não existia, a lei de Moisés (que viria 400 anos depois). E Abraão já servia a Deus, foi chamado amigo de Deus, sendo justificado (sendo ele gentio, como diz o apóstolo Paulo). Então hoje, nós não temos mais que nos levar por preconceito, de que “Ah, eu sou judeu! Você é goim, você é gentio!” Isto é uma soberba, e não está de acordo com a palavra de Deus, está enganada a pessoa que deixa ser levada por este argumento, está caído da graça. Nós devemos nos justificar através de Jesus Cristo, através da sua palavra. E Deus olha hoje, para dentro do nosso coração, buscando no nosso coração, se nós somos judeus espirituais, se nós somos circuncidados o nosso coração.
Se nós somos humildes, se nós ouvimos a palavra de Deus e a aceitamos, se nós guardamos os mandamentos de Deus (se nós guardamos os preceitos morais). Não estamos mais debaixo do antigo pacto, que era justificação da carne, em que consistia em abluções, em coisas que eram impostas e estavam sob maldição. “Maldito aquele que não cumprir tudo o que está escrito na lei”. Hoje, os 613 mandamentos, e que existe maldição sobre aqueles que não os cumprem, é humanamente impossível o homem cumprir todos os 613 mandamentos sem falhar. Somente Jesus Cristo cumpriu a lei e se fez maldição por nós, para que nós pudéssemos ser abençoados por Deus.
Então, seja abençoado por Deus, siga a doutrina dos apóstolos e dos profetas, sendo Jesus Cristo, a principal pedra da esquina. Seja verdadeiramente um judeu espiritual, na fé de Abraão. Abraão foi justificado. Deus foi Deus de Abraão, sendo ele, ainda gentio.
Então, Deus é Deus também dos gentios. Mente aquele que deseja impor a condição, dizendo que Deus é somente Deus de Israel. Mente e engana-se a si mesmo e engana aqueles que estão aceitando este tipo de coisa. Porque Deus também o é dos gentios.
ROMANOS 3:29
29. Porventura Deus é somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios
certamente.”
Fiel é esta palavra, fiel é este ensinamento do apóstolo Paulo. Quem melhor que Paulo, judeu de judeu, da tribo de Benjamin, criado aos pés de Gamaliel, fariseu zeloso ao extremo. Mas ele diz que reputou tudo isso por nada, para receber Jesus Cristo. Receba Jesus Cristo, receba o Salvador, o verdadeiro Yom Kippur na sua vida. Jesus Cristo, a verdadeira raiz de Davi.
Fim
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