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IGREJA DE DEUS

Movimento Bíblico Congregacional

030 – 70 Semanas e o Rapto III

Estudamos anteriormente a teoria do rapto secreto, prevista em um sonho por Margaret MacDonald, dogmatizada por Cyrus Scofield, um teólogo que integrou a teoria do rapto secreto com as 70 semanas de Daniel 9. No entanto, as 70 semanas a que Daniel 9 se refere, elas estão determinadas sobre o povo de Israel, sendo principalmente, contadas de forma ininterrupta. A contagem das 70 semanas se inicia com a ordem para reconstruir a cidade de Jerusalém. Notamos no capítulo 9 de Daniel, que o profeta ainda em cativeiro na Babilônia, clama a Deus pedindo discernimento sobre as 70 semanas, que até então ele desconhecia:

DANIEL 9:16
16. Ó Senhor, conforme toda a tua justiça, suplico-te, desvia a tua ira e a tua fúria da tua cidade Jerusalém, teu santo monte; porque por nossos pecados e pelas iniquidades de nossos pais, Jerusalém e teu povo tornaram-se uma desonra para todos os que estão ao nosso redor.

Fica claro na Bíblia que o profeta Daniel é um estudioso de mão cheia da palavra de Deus. E por isso, com orações e jejuns, ele finalmente descobre o significado das 70 semanas: que seria então, o período em que a cidade de Jerusalém sofreria a desolação, como vemos no verso 2:

DANIEL 9:2
2. no primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número dos anos, a respeito dos quais a palavra do SENHOR veio ao profeta Jeremias, era de setenta anos, quando se completariam as desolações de Jerusalém.

Após muitas orações, Daniel recebe o anjo Gabriel, trazendo consigo uma mensagem ordenada por Deus. A mensagem confirma o que o profeta Daniel entendeu sobre as 70 semanas:

DANIEL 9:21,23,24
21. sim, enquanto eu estava falando em oração, o homem Gabriel, a quem eu tinha visto na visão no princípio, impelido a voar rapidamente, tocou-me por volta da oblação da tarde.
23. No início de tuas súplicas veio a ordem, e eu venho para mostrar-te; pois tu és grandemente amado; portanto entende a questão, e considera a visão.
24. Setenta semanas são determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para terminar a transgressão, e pôr um fim nos pecados, e fazer reconciliação por causa da iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e profecia, e para ungir o Santíssimo.

É importante saber que a mensagem trazida pelo anjo Gabriel para dar entendimento ao profeta Daniel se refere a oração do mesmo, como vimos no início do capítulo 9. E não ao capítulo 8, como alguns acreditam. Isso porque algumas correntes teológicas fazem uma conexão entre o capítulo 9 de Daniel com o capítulo 8, afirmando estes que a contagem das 2300 tardes e manhãs do capítulo 8 se inicia com a reconstrução da cidade de Jerusalém, no ano 457 a.C.

Mas isso, como vamos ver estudos futuros, não tem nenhum fundamento bíblico, pois as 2300 tardes e manhãs se cumpriram dentro do império grego por Alexandre o grande, representado pelo bode peludo com 1 chifre entre os olhos. Anteriormente, como podemos confirmar na história, as 70 semanas tiveram o seu cumprimento dentro do período de reconstrução da cidade de Jerusalém, através do decreto de Artaxerxes no ano 457 a.C.

O verso 25 nos revela a cronologia das 70 semanas, começando a partir da ordem para reconstruir Jerusalém até a vinda do Messias:

DANIEL 9:25
25. Sabe, portanto, e entende que desde a saída da ordem do restaurar e construir Jerusalém, até o Messias, o Príncipe, serão sete semanas, e sessenta e duas semanas; a rua será construída novamente, e o muro, mesmo em tempos tenebrosos.


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1948

Sabendo primeiramente isto que, segundo os tempos proféticos, 1 semana equivale a 7 anos (1 dia = 1 ano ).

Atenção!! A cronologia das 70 semanas é esta: são 7 semanas (49 anos) para reconstruir Jerusalém, e mais sessenta e duas semanas de intervalo (434 anos), até a vinda do Messias, finalizando com a última semana (7 anos). Na história isso foi do ano 457 a.C. até o ano 33 d.C. totalizando em 490 anos. E cumprindo perfeitamente, em 457 a.C. é dado o decreto pelo rei Ciro, ordenando a reconstrução de Jerusalém. Isso se confirma pelos papiros de Elefantina e pelos livros de Esdras. A saber, se pegarmos as 62 semanas como diz o capítulo 9 de Daniel, e equivaler a cada semana por sete anos (segundo os tempos proféticos), teremos então a data que nos leva ao cumprimento desta profecia: que são 434 anos. Após essas 62 semanas, como diz o verso 26, o Messias é tirado, não por vontade própria como confirma Isaías 53:

ISAÍAS 53:8
8. Ele foi tirado da prisão e do juízo: E quem declarará sua geração? Porque ele foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo foi ele chagado.

DANIEL 9:26
26. E após sessenta e duas semanas o Messias será cortado, porém não por si mesmo; e o povo do príncipe que virá, destruirá a cidade e o santuário; e o seu fim será com uma inundação, e até o final da guerra desolações estão determinadas.

Em relação à última semana de Daniel 9, o Messias fará um pacto com muitos (e não o anticristo). Pois, segundo o verso 27, observamos que ele fará cessar os sacrifícios e manjares:

DANIEL 9:27
27. “E ele confirmará o pacto com muitos por uma semana, e no meio da semana ele fará cessar o sacrifício e a oblação, e pela disseminação das abominações ele a desolará, até a consumação; e aquilo determinado será derramado sobre o desolado.

Ou seja, a metade desses 7 anos (3,5 anos) se dá a plenitude do ministério de Jesus Cristo. E isso realmente se cumpriu quando Jesus é crucificado no meio da semana (pois morreu numa quarta-feira), e também no meio da semana profética (o pacto da última semana com a nação de Israel). Cumprindo também o sinal de Jonas, de 3 dias e 3 noites no ventre da baleia. No caso, Jesus ficou 3 dias e 3 noites no seio da terra, ressuscitando no sábado. Comprovando assim que Jesus foi o Messias legítimo.

Assim sendo, as 70 semanas foram contadas e cumpridas perfeitamente de forma contínua, iniciando no ano de 457 a.C. com o decreto de Artaxerxes até o ano 30 d.C. (especificamente 4 de abril). Mas agora, ainda restam o cumprimento de 3,5 anos, que vai selar a profecia dos 144 mil israelitas. Podemos confirmar na Bíblia, que o selamento dos 144 mil israelitas será concluído nos últimos 3,5 anos, após a morte de Cristo. Pois Paulo diz para pregar primeiramente aos filhos perdidos da casa de Israel: MATEUS 10:6, “Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel.”

Confirmamos isto em Atos dos APÓSTOLOS 13:45

APÓSTOLOS 13:45
45. Então Paulo e Barnabé, de forma ousada, disseram: Era necessário que a vós se pregasse primeiro a palavra de Deus; mas, visto que a rejeitais, e vos julgais não dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios.”

A saber, os 144 mil israelitas são as primícias da nova Igreja de Cristo. Primícias significa os primeiros; a primeira colheita. Ou seja, após a morte de Jesus, restam aind a mais 3,5 anos da última semana profética de Daniel 9. Onde então inicia-se a colheita dos 144 mil israelitas, as primícias (os filhos perdidos da casa de Israel).


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anticristo

Esse é o motivo para que fosse selado os 144 mil, pois cumpriu dentro da última metade da semana (3,5 anos) do pacto de Cristo para com a nação de Israel. Isso desmente a falsa doutrina de certas correntes religiosas, onde dizem que o selamento dos 144 mil judeus irá se concretizar durante o reinado do anticristo, onde estes irão receber o Espírito Santo nos últimos dias para se converter, e a Igreja será raptada ao céu.

Mas há uma incoerência muito grande nessa teoria, pois ela diz que o Espírito Santo é quem resiste a ascensão do anticristo (2 Tessalonicenses 2), e ele será retirado da face da terra. Contudo vem a questão: se o Espírito Santo é retirado da face da terra, como os 144 mil judeus serão convertidos? Pois segundo João 16:8, é o Espírito Santo quem convence o homem do pecado, da justiça e do juízo “E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo;”

E isto tem sido o maior perigo ultimamente, pois existem milhões de adeptos no mundo crentes de que serão raptados. Acreditando estes, que Jesus virá como um ladrão no sentido de raptá-los. Mas na verdade, Jesus diz que virá como um ladrão, no sentido de que um ladrão vem num momento inesperado e de surpresa.

A diferença entre a doutrina Bíblica das 70 semanas e a doutrina herética do rapto secreto é esta: as 70 semanas Bíblicas são contínuas, e as 70 semanas do rapto secreto são, inexplicavelmente, divididas por um longo período (de quase 2.000 anos). Isso nos mostra que o rapto secreto é uma doutrina meramente humana. Além dessas incongruências, encontramos nesta falsa d outrina, três grandes furos:

1. Como "milhões" de pessoas serão secretamente raptadas, sem que isso seja noticiado pelos maiores canais de comunicação do mundo?;

2. Contando os 7 anos (da última semana de Daniel) a partir do suposto rapto secreto, eles teriam então o dia e a hora da vinda de Cristo. Sendo que Jesus mesmo diz em Mateus 24 que o dia e a hora da sua vinda nem ele e nem os anjos sabem, mas unicamente o Pai;

3. Como diz em Daniel 2:34,35 a pedra cortada sem o auxílio de mãos (representand o Jesus), é lançada uma única vez, ferindo os pés da estátua. Caso aceitemos a doutrina do rapto secreto, onde diz que Jesus virá 3 vezes, teríamos então que negar Daniel 2:34,35. Pois lá é profetizado que a Pedra atinja a estátua uma única vez. Ou seja, Jesus Cristo retorna à terra pela segunda vez e não pela terceira.

E cumprindo perfeitamente a profecia de Daniel 9, a história nos revela que, no ano 70 d.C., o imperador romano Tito Vespasiano destrói a cidade de Jerusalém, espalhando o povo de Israel por todas as demais nações. Cumprindo assim o verso 26, onde diz que ao final da última semana, vem o príncipe e aniquila completamente a cidade de Jerusalém:

DANIEL 9:26
26. E após sessenta e duas semanas o Messias será cortado, porém não por si mesmo; e o povo do príncipe que virá, destruirá a cidade e o santuário; e o seu fim será com uma inundação, e até o final da guerra desolações estão determinadas.

O cerco de Jerusalém no ano 70 d.C foi um acontecimento decisivo na Primeira revolta judaica. Ela foi seguida pela queda de Massada em 73 d.C. O exército romano, liderado pelo futuro imperador Tito, junto a Tibério Júlio Alexandre como seu segundo comandante, sitiaram e conquistaram a cidade de Jerusalém, que havia sido ocupada por seus defensores judeus em 66 d.C. A cidade e seu famoso templo foram destruídos em 70 d.C.

Destruir o templo não estava nos planos de Tito. O mais provável era de que Tito quisesse capturá-lo e transformá-lo em um templo dedicado ao imperador romano e/ou um panteão romano. Mas o fogo se espalhou rapidamente e logo estava fora de controle. O templo foi destruído no final de agosto, e as chamas se espalharam nas seções residenciais da cidade. As legiões romanas esmagaram rapidamente a resistência dos remanescentes judaicos. A destruição do Templo é ainda anualmente lamentada com o jejum judaico Tishá BeAv, e o Arco de Tito, que mostra e celebração do saque de Jerusalém e do Templo, ainda está em Roma.

Fonte: Wikipédia

Fim

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